22 de mai. de 2005

As asas da borboleta

O amor machuca as asas da borboleta. Presa na roda do destino, sem direção para ir, debatendo-se...

Pedaços de cor caem como memórias que vão sendo esquecidas. Uma conversa sobre livros que nunca mais será lembrada, um filme ruim em boa companhia que jamais fará surgir um sorriso novamente.

E o amor quebra as asas da borboleta. Ainda presa, sem saber o que fazer, mas quieta.

O que sobrou das asas vai esmaecendo. Além de lembranças perdidas, são os sentimentos que passam a se entorpecer. A saudade de uma ausência mais prolongada, a alegria de um reencontro, a tristeza por uma briga.

E já não existe mais amor para terminar com as asas da borboleta. Mesmo ela desistiu de tudo e exausta se deixou cair. E finalmente escapou da roda do destino.